como sobreviver submerso.
Aproveito o facto de ter mencionado a Finlândia no texto anterior para voltar a esta tabela.
Publiquei-a há quase dois anos, acompanhada da frase «se em 2013 o PIB português cair menos de 3% e em 2014 já crescer qualquer coisinha poderemos dar-nos por muito satisfeitos». Pois bem, apesar de tudo, podemos dar-nos por satisfeitos: entre 2011 e 2013 o PIB português caiu cerca de 60% do que caiu o finlandês entre 1991 e 1993 (
dados actuais do FMI: -1,3/-3,2/-1,4 contra -6,0/-3,5/-0,8) e caiu igualmente menos do que qualquer dos restantes casos apresentados na tabela. Se é verdade que, no primeiro ano de recuperação, o PIB finlandês cresceu 3,6% e o português deverá crescer aproximadamente 1%, nessa altura a taxa de desemprego na Finlândia ainda andava pelos 16,6% e apenas desceu dos 14% no terceiro ano de crescimento do PIB. Pertencer à União Europeia (esse monstro incapaz de solidariedade a que a Finlândia aderiu logo a seguir) e ao euro (que diminui o ritmo da recuperação mas aumenta as probabilidades de que ela seja sustentável) é de facto trágico.