No Parlamento, há cerca de uma semana, quando interrogada sobre os números do desemprego, a ministra do Trabalho explicou que o governo português já gastou mais em programas de combate ao desemprego do que o governo espanhol. Reprimi o vómito e corri para a casa de banho (cheguei a tempo, obrigado). Este governo, como todos os governos portugueses antes dele, é incapaz de ver o óbvio: atirar dinheiro para os problemas não os faz desaparecer, apenas os torna mais caros. Mas a estratégia do subsídio agrada à nossa mentalidade: aos governantes, confere-lhes poder e permite-lhes mostrar que fazem algo; ao «povo», dá-lhe a sensação de que alguém cuida dele. Que o subsídio, arrancado do bolso de pessoas e empresas através de taxas e impostos, ou obtido por financiamento externo que alguém um dia terá de pagar, seja quase sempre, para além de injusto (porque atribuído de acordo com critérios discricionários) e ineficaz (quanto milhões já gastámos em arremedos de formação e apoio a institutos inúteis ou a empresas condenadas ao fracasso?), um travão ao desenvolvimento não parece preocupar muita gente.
pessoais
Amor e Morte em Pequenas Doses
blogues
O MacGuffin (Contra a Corrente)
blogues sobre livros
blogues sobre fotografia
blogues sobre música
blogues de repórteres
leituras
cinema
fotografia
música
jogos de vídeo
automóveis
desporto
gadgets