como sobreviver submerso.

Terça-feira, 6 de Janeiro de 2015
Uns quantos álbuns de 2014 (2)

 

Unrepentant Geraldines, de Tori Amos.

 

Se Blank Project, de Neneh Cherry, constituiu o regresso do ano, Unrepentant Geraldines foi o melhor regresso à boa forma de 2014. Tori Amos encontrava-se há muito naquele registo simpático em que o adjectivo é mais insulto do que elogio. Unrepentant Geraldines não atinge os píncaros dos álbuns da década de 90 mas recupera parte da simbiose um tudo-nada incongruente entre a voz (em excelente condição) de Tori e os sons que extrai do piano, para além de apresentar letras salpicadas de associações deliciosamente inusitadas (Before you drop another verbal bomb, can I arm myself with Cezanne's 16 shades of blue?), menos focadas no plano sexual do que noutros tempos mas onde se continua a encontrar, para além de várias referências ao universo religioso, a preocupação em analisar as fragilidades e forças de ser mulher, agora menos nova (You say "Get over it; if 50 is the new black, hooray, this could be your lucky day"), mãe há já catorze anos (trouble needs a home, girls, soa a aviso à filha e respectivas amigas), com uma experiência totalmente diferente dos pontos positivos e negativos das relações amorosas (em Wild Ways, o I hate you, I hate you, I do, I hate that you're the one who can make me feel gorgeous with just, just a flick of your finger alterna com I hate you, I hate you, I do, I hate that I turn into a kind, some kind of monster, with just, just a flick of your finger). Em certos momentos (a meio do primeiro tema, por exemplo) Tori nem se importa de voltar a arriscar comparações com Kate Bush (outro regresso de 2014, mas aos palcos). Podia ser embaraçoso, é apenas prova de confiança.



publicado por José António Abreu às 18:00
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Domingo, 27 de Janeiro de 2013
Barbados

 

Quando surgem notícias sobre mulheres violadas penso quase sempre nesta canção de Tori Amos (Me and a Gun, do álbum Little Earthquakes, lançado em 1992) e, mais especificamente, nesta actuação em Montreaux. É raro mas desta vez pude pensar nela por um bom motivo: o post da Ana Vidal no Delito de Opinião sobre a evolução da Lei em Marrocos. Para quem não saiba (talvez não devesse mas faz uma certa diferença ao ver o vídeo e ela nunca escondeu ter-se baseado na experiência para escrever o tema), fica a informação de que Tori, que em 1994 co-fundaria a RAINN – Rape, Abuse and Incest National Network –, uma rede telefónica de apoio a vítimas de violência sexual, fora violada em 1985.


publicado por José António Abreu às 19:39
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Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009
Finalmente
Os CTT acabaram de me trazer da Amazon o espírito de Natal.

 

 



publicado por José António Abreu às 19:11
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Sexta-feira, 24 de Julho de 2009
Abnormally attracted to Tori

Nos últimos discos Tori Amos cometeu sempre o mesmo erro: deixar que a vontade de incluir tudo o que as suas pulsões criativas geram se imponha a uma selecção mais cuidada do material. O resultado são álbuns com cerca de 20 temas desiguais. O último, Abnormally Attracted to Sin, foi lançado há um par de meses. Tem novamente pontos altos e baixos. Mas eu sou incapaz de resistir a Tori. Especialmente quando a vejo exsudar prazer entre os seus dois teclados.



publicado por José António Abreu às 17:03
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