Aconteceu novamente ontem à noite, ao chegar ao Porto. Se calhar passa-se apenas comigo. Da próxima vez esperarei que um ou dois passageiros me ultrapassem no trajecto para a linha dos táxis. Porque ou acontece com toda a gente ou há uma conjugação astral qualquer (e eu não acredito em astrologia) que me faz apanhar sempre táxis conduzidos por taxistas loucos. Ontem, a caminho de Gaia, atingimos mais de cento e sessenta quilómetros por hora. As curvas foram uma luta contra a força centrífuga. A dada altura, o homem resolveu fazer uma chamada de telemóvel – sem sistema mãos livres, claro. Desta vez nem protestei, para não ter que ouvir as garantias ocas do costume ("está tudo sob controlo", "já faço isto há muitos anos", etc.) e os ataques aos outros condutores (que, segundo parece, são o verdadeiro perigo).
Enfim, será a famigerada falta de civismo nacional. Muitas pessoas continuam a achar que, na estrada, é perfeitamente aceitável ignorar as regras de profissionalismo, de bom senso e de boa educação (porque, na verdade, nem sequer vêem a coisa dessa forma). Como disse o meu taxista ao interlocutor durante a chamada telefónica: “Já sabes: comigo é sempre na esguelha.” Talvez então não devesse conduzir um táxi, ó amigo. Porque o serviço que presta não é apenas levar pessoas do ponto A ao B. É também fazê-lo em conforto e segurança.
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