como sobreviver submerso.

Segunda-feira, 31 de Agosto de 2009
O importantíssimo desmancha-prazeres

É oficial: há uma conspiração para colocar a nu a minha falta de desportivismo (ainda assim, menos mal que é isso porque colocar a nu outras insuficiências minhas seria muito mais embaraçoso). O Pedro Correia, que já tinha tido a gentileza de recomendar um post meu, decidiu incluir O Escafandro na lista de blogues merecedores do prémio “Seu Blogue é Viciante”, depois do Delito de Opinião o ter – justamente – recebido. Ora, caro Pedro, garanto que ninguém, nem sequer eu, me acha importantíssimo. (A minha mãe considera-me, vá lá, importante e houve uma época em que talvez me tenha considerado importantíssimo mas logo que entrei para a escola percebi que a opinião dela era minoritária.) A questão é que, depois de arrancar um tufo de cabelo da têmpora direita de tanto a coçar ao alinhavar esta resposta a honra similar concedida pela Cristina Mendes Ribeiro, do Estado Sentido (e custa-me tanto dizer não a raparigas inteligentes), compreender-se-á que não posso mudar de posição de um momento para o outro (ou, mais precisamente, de Sexta para Segunda-Feira). Vou, pois, regressar ao meu canto e continuar a apelidar-me de desmancha-prazeres.

 

Adenda: este post foi editado. Tirei um pequeno parágrafo que estava a mais.



publicado por José António Abreu às 13:38
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Sexta-feira, 28 de Agosto de 2009
O desmancha-prazeres

Não contem comigo para correntes. Aquelas que vêm por correio electrónico e se percebe o que são logo no título: apago-as antes de ler. Aquelas que ameaçam com doenças terminais ou acidentes sanguinolentos se nos atrevermos a interrompê-las: rio-me na face do perigo. Aquelas, em esquema de Ponzi, que vinham antigamente por carta e pediam que se enviasse uma nota de vinte escudos para o primeiro endereço na lista e se acrescentasse nome e morada no fundo desta: as notas de vinte escudos davam-me jeito para comprar livros da colecção Vampiro que, na altura, custavam quarenta ou cinquenta.

 
Pelo que esta simpática menção da Cristina Mendes Ribeiro, no Estado Sentido, me coloca um problema. Ela incluiu O Escafandro na lista de blogues merecedores do prémio “Seu Blogue é Viciante”. Agradeço, sensibilizado. Mas a distinção comporta exigências. Três, para ser preciso: colocar uma simpática, se bem que ligeiramente tétrica, imagem no blogue; mencionar três coisas a fazer no futuro; indicar dez blogues viciantes e alertar os seus autores. Ora eu não me importaria de colocar aqui a imagem (parece-me adequada a um escafandro, especialmente uns tempos depois de alguém cortar o tubo do ar) e posso perfeitamente enunciar três coisas que pretendo fazer, mas o último ponto coloca-me dois problemas:
1. Vai contra a minha filosofia de não prolongar correntes, a não ser que sejam humanitárias;
2. Cria-me uma obrigação e obriga-me a criar uma obrigação a dez bloggers.
Eu poderia passar por cima do ponto 1 (a minha flexibilidade já teve melhores dias mas ainda consigo tocar com as extremidades dos dedos das mãos nas pontas dos pés) mas não consigo fazer o mesmo em relação ao ponto 2. Quando, há quase trezentos posts, comecei O Escafandro, fi-lo na crença de que não teria obrigações (horários, prazos, pessoas a quem tentar agradar) nem iria exigir o que quer que fosse às magnânimas almas que por aqui passassem (excepto que não se esquecessem de ser magnânimas) ou que, mesmo não passando, partilhassem esta realidade paralela chamada blogosfera. Assim sendo, cara Cristina, agradeço a distinção mas vou abster-me de indicar os tais dez blogues viciantes (de qualquer modo, na coluna da esquerda estão alguns, entre os quais o Estado Sentido e o Novo Rumo, por onde passo todos os dias e que se enquadram certamente nessa categoria). Esta recusa custa-me pontos (três, se bem me lembro das transmissões televisivas de hipismo) e impede-me de colocar o pequeno esqueleto dentro d’O Escafandro. Posso, no entanto, enunciar as tais três coisas que tenciono fazer em breve:
- Acabar um post sobre Joyce Carol Oates, prometido há semanas, e que já vai com quase duas mil e quinhentas palavras (parece-me bem que vou ter de quebrar outro princípio e cortá-lo em nacos mais digeríveis);
- Ler a Border Trilogy, de Cormac McCarthy;
- Retomar as minhas deambulações turístico-fotográficas pelas ruas do Porto, que a manutenção deste blogue tem prejudicado (aproveito para alertar que trocar passeios a pé por escrita em blogues pode engordar).
 

E pronto. Agora vou ali para o canto apelidar-me de desmancha-prazeres.



publicado por José António Abreu às 13:36
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