Há uns dezoito anos, Rid of Me, o primeiro contacto que tive com a música de Polly Jean Harvey, viciou-me de uma forma que, em retrospectiva, me parece pouco saudável. Era como se, perante a crueza do som e das palavras (Harvey nunca voltou a ser tão consistentemente dura num único disco), o prazer e a ressaca se sobrepusessem. Depois comprei Dry, o álbum anterior dela, e todos os que se seguiram. Da densidade de Is This Desire? à pop assumida de Stories from the City, Stories from the Sea, P. J. nunca me desiludiu. E se Huh Uh Her e White Chalk, os discos de 2004 e 2007, são excelentes, o novo Let England Shake é algo mais do que isso: é uma obra-prima. O que, duas dezenas de anos após Dry, num mundo que elevou a efemeridade ao máximo expoente, só pode merecer profunda admiração.
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