Neuza Silva enfrenta Serena Williams esta tarde na primeira ronda de Wimbledon. O Público dá a informação mas achei os comentários mais interessantes. Um par de exemplos:
O jogo da gaija eh que horas? As 2? Vou assistir na brinca, para ver a surra que a gaija vai levar. Se calhar nem consegue rebater qualquer bola! Bom ja sei eh que as 2 e meia tenho que ligar para a mina, para preencher a agenda...
Duplo 6-0 nas lonas. Toca a voltar pra casa. Espero que ja tenhas o voo e o taxi marcado para 30 minutos apos o inicio do jogo, ja que nao demorara muito mais...
Há a já habitual questão do português, massacrado com assumido deleite, mas há também a não menos frequente posição de menosprezar quem, à partida, tem reduzidas chances de ganhar. Por cá, ou se está no topo ou se é merecedor do mais duro e soez desprezo. É evidente que as hipóteses de Neuza são poucas (ainda assim, as probabilidades de vencer ou, pelo menos, de dar luta a Serena são maiores numa primeira ronda que numa fase mais adiantada do torneio) mas a rapariga irá fazer o que lhe compete (do verbo "competir"): lutar. Eu, que apenas a vi ao vivo uma vez, sei que o fará. Neuza tem garra e dará toda a luta que puder. Provavelmente não chegará para vencer, talvez até não chegue para um resultado equilibrado, mas, ainda assim, merece respeito e incentivo. O respeito e o incentivo que, aparentemente, muitos portugueses só concedem a mega-estrelas como Ronaldo. Isto diz imenso sobre a nossa falta de auto-estima. Bajular quem já está no topo (e reconheça-se o mérito dos que o atingem porque nenhum português lá chega sem antes ouvir uma montanha de críticas dos seus compatriotas) é demasiado fácil. E atacar quem dá o melhor de si, extremamente mesquinho...
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