José Miguel Júdice faz hoje no Público uma análise da relação entre Cavaco Silva e José Sócrates e, como muitos outros, especula sobre as razões para o recente “recado” do presidente. (Aqui, mas reservado a assinantes.) Ao longo de todo o artigo, Júdice pondera intenções, jogos políticos, manobras calculistas. Acaba com uma crítica forte ao presidente. Nem por um momento analisa a hipótese de Cavaco ter dito o que disse por – oh, surpresa nestes tempos de declarações cifradas – recear pelo futuro do país. Não duvido, como escrevi aqui, que ele possa ter outros motivos para andar irritado com Sócrates e com o PS. Não sou sequer fã dele (não gosto do estilo hirto e detestei muito do que fez e/ou permitiu fazer durante a segunda maioria absoluta do PSD), mas penso que merece o benefício da dúvida. Se há tantas pessoas preocupadas com o estado do país e com as medidas hipotecárias em que o governo tem insistido, por que não pode o presidente está-lo também? Deveria calar a preocupação? Em termos eleitorais, provavelmente ganharia em fazê-lo. Como Júdice reconhece, ser-lhe-á mais fácil conquistar um segundo mandato se Sócrates e o PS obtiverem uma nova maioria absoluta. Mas, nesse caso, por que fala? Será possível? Estará o homem apenas genuinamente preocupado?
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