Helena Roseta cedeu. O movimento "Cidadãos por Lisboa", que lidera, concorre às eleições para a Câmara de Lisboa integrado nas listas do PS. Esta coisa dos movimentos de cidadãos tem alguma lógica. Mas não quando as suas convicções são tão firmes (ou tão distintas) que rapidamente aceitam a integração num dos principais partidos em troca do proverbial prato de lentilhas. A ideia que ficou é que nas últimas horas Roseta e Costa andaram a discutir assuntos tão fundamentais como o lugar em que ela concorreria (segundo), se substituiria ou não Costa em caso de impedimento deste (a resposta é não), quantos elementos do movimento estariam em lugares elegíveis (dois, num total de quatro que integrarão as listas). Políticas para a cidade? Não ouvi nada. Aliás, não sei mesmo quais as diferenças fundamentais entre Costa e Roseta, pelo que esta coligação é capaz de fazer sentido. O movimento "Cidadãos por Lisboa" é que talvez não. Ah, esperem, vão concorrer autonomamente a algumas freguesias porque, segundo Roseta, é aí, no nível mais próximo dos cidadãos, que o movimento mais tem razão de ser. Suponho que ela ainda não leu a opinião da Maria Filomena Mónica sobre as Juntas de Freguesia (just for the record, eu também não sei quem é o presidente da minha). Assim como assim, Costa está de parabéns. Depois do "Zé", a Helena. Paulatinamente, está a aglutinar à sua volta todos os valorosos espíritos "independentes" que a cidade de Lisboa tem para oferecer. Com jeitinho, ainda vai buscar a Maria José Nogueira Pinto só para entalar o Santana e o Portas...
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