Os álbuns estão a ficar mais pequenos e os novos artistas são considerados génios quando produzem meia hora de boa música. Antes, mesmo nos tempos do vinil, um álbum tinha no mínimo perto de quarenta minutos. Agora, cerca de trinta, vá lá trinta e cinco, são mais que suficientes. Antes, a maioria das bandas tornava-se notada ao terceiro ou quarto álbum. (Verifiquem: Springsteen? Born to Run, terceiro álbum; U2? War, terceiro álbum; Depeche Mode? Some Great Reward, quarto álbum; Mettalica? Master of Puppets, terceiro álbum; Radiohead? OK Computer, terceiro álbum.) Agora, a coisa ou funciona à primeira ou já não se vai a lado nenhum. (É como se um autor que publicou apenas o seu primeiro conto longo fosse proposto para o prémio Nobel.) Na verdade, raramente se vai a algum lado de relevo porque não é habitual esses génios lançarem uma segunda meia hora capaz de manter o entusiasmo dos ouvintes – porque estes estão entusiasmados com uma nova banda, que acabou de lançar o seu mini-álbum e goza seus quinze minutos de fama, ou porque, se calhar, a primeira meia hora era apenas boa. E provavelmente igualzinha a algo lançado nos anos sessenta. Ou setenta. Ou oitenta. Ou uma mistura de coisas lançadas nas três décadas citadas (isso então leva os críticos ao orgasmo – e os discos às cinco estrelas).
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