como sobreviver submerso.

Sábado, 25 de Janeiro de 2014
O comboio

Fez uma paragem de sete anos entre o lançamento de "The Ghost of Tom Joad" em 1995 e "The Rising" em 2002. Mas ultimamente parece estar a lançar música a um ritmo bastante mais elevado. O que motiva isso?

É a velha história da luz do comboio que se aproxima focar a mente.

Vê um comboio a aproximar-se?

Você não? Que idade tem?

Tenho 32.

Oh. (Grande gargalhada.) Você ainda não o vê, mas ele está a caminho.

Bruce Springsteen, em entrevista à Rolling Stone. Tradução minha.



publicado por José António Abreu às 23:12
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Domingo, 4 de Março de 2012
Springsteen e «os nossos»
 
Leio que o novo álbum, Wrecking Ball, à venda amanhã, mostra desilusão, desespero, agressividade. Talvez. Contudo, o primeiro single deixou-me a pensar. Há quase trinta anos, Born in the USA era uma crítica que soava a hino patriótico. Os republicanos, então no poder, pouco afectados se sentiram (num comício durante a campanha presidencial de 1984, Reagan chegou a mencionar Springsteen como alguém com uma mensagem similar à dele). We Take Care of our Own, constituindo um lamento sobre a situação actual dos Estados Unidos, arrisca-se a despoletar reacções similares. Na música, como na política, como de resto em quase todos os campos nesta era de análises rápidas, o que parece é – e um hino patriótico tende a beneficiar o poder. Em 1984, Springsteen foi apanhado de surpresa pelas reacções a Born in the USA. Agora, não há razões para surpresas e a pergunta é inevitável: terá esquecido a lição ou terá decidido, noutro ano eleitoral, usá-la a favor de Obama, que apoia? Por outras palavras: Springsteen ainda é contrapoder?
 
Talvez a resposta esteja no resto do álbum. Seja qual for, ele continua a ser um músico do caraças.


publicado por José António Abreu às 21:37
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Quinta-feira, 4 de Agosto de 2011
Because the night
 
Porque é um momento fantástico, ocorrido no Madison Square Garden em Outubro de 2009, e porque acabei de ler Apenas Miúdos, de Patti Smith (o preâmbulo pode ser lido aqui), a história dos anos nova iorquinos em que ela e Robert Mapplethorpe partilharam, entre outras coisas, o pouco dinheiro que iam arranjando (mais ela do que ele), quartos (incluindo dois no famoso Hotel Chelsea), comida (e fome), roupa, acessórios, música, amigos e sonhos. Os anos em que gravitaram em torno do círculo de Andy Warhol sem verdadeiramente nele entrar, em que conheceram e choraram a morte de Janis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison, em que ele tentou perceber se era homossexual, em que ambos tentaram descobrir o que podiam fazer na vida, sendo certo que apenas a arte era opção. Smith queria escrever mais do que cantar e acabou a cantar o que escrevia. Mapplethorpe dedicou-se à fotografia, tendo causado polémica com nus masculinos e incursões no mundo do sadomasoquismo (e um dos pontos mais interessantes do livro é constatar a inocência com que mergulhou nele). Morreu de SIDA em 1989. O livro resulta de uma promessa que Patti lhe fez e é muito bom.
 
Adenda: E estes ainda estão todos vivos, Pedro.


publicado por José António Abreu às 22:19
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Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009
Seis décadas

Dizem que é a consciência da América. É pelo menos uma voz sincera que nunca deixou de dizer o que pensava e soube sempre manter uma reserva e uma integridade que as Britney Spears deste mundo nunca entenderão. Vi-o há pouco mais de mês e meio em Valladolid e continua com a garra de sempre.

 

Um tema recente (do álbum Magic, de 2007)

e um de 1995, de uma fase em que ele se separara da E Street Band (todas as relações têm altos e baixos e toda a gente comete erros) mas em que, mesmo que hoje diga que desperdiçou a década de noventa, continuou a fazer boa música.

Os rapazes do União de Facto têm-lhe dedicado o dia e já colocaram no blogue vários posts (excelentes títulos, btw) com outros vídeos (um, dois, três, quatro, cinco), incluindo o hino que lhe lançou definitivamente a carreira e que permanece o meu tema favorito: Born to Run.

 

Happy Birthday, Boss.



publicado por José António Abreu às 18:14
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Domingo, 2 de Agosto de 2009
Reentrando discretamente

Se eu tivesse um décimo da incrível energia do senhor com quase sessenta anos que se encontra no centro do palco, capaz de dar concertos de três horas em que nem para os encores há verdadeiras pausas, ficaria por aqui a ver o que se passou desde que saí. Mas eu diabos levem as pouco equalitárias leis da biologia preciso de dormir. E, fraco como sou, nem sequer consigo deixar de gostar de o fazer.



publicado por José António Abreu às 23:19
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Sábado, 1 de Agosto de 2009
jaa has left the building

Quase mil e duzentos visitantes, hoje (ou melhor, ontem). Espero que o espaço acanhado não tenha causado incómodos. Como escrevi no post anterior (foi bem no finzinho e ele é tão comprido que poucos lá devem ter chegado), vou até Valladolid assistir ao concerto do Bruce Springsteen, pelo que não estarei cá para desempenhar o papel de anfitrião. Peço imensa desculpa mas não imaginava que viriam quando comprei os bilhetes. Ah, um avisozito para os que ainda estão a entrar: como é óbvio, tanta gente junta num espaço tão apertado comporta riscos e parece-me que há quem comece a revelar sintomas de gripe. Sintam-se à vontade para voltar a sair imediatamente ou então juntem-se aos restantes e organizem uma gripe party. Para todos: fiquem bem.



publicado por José António Abreu às 00:09
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