Vá lá, arranjem alguém que se oponha a Luís Filipe Menezes na corrida à presidência da Câmara Municipal do Porto. Pode ser Rui Moreira (excessivamente portista para os meus gostos mas, enfim, nem eu estou isento de defeitos), pode ser outra pessoa – não caiam é na asneira de se deixarem colar a um dos símbolos da irresponsabilidade orçamental que assolou este país nos últimos (muitos, demasiados) anos.
E, aproveitando estar com a mão na massa, peço-vos que façam o mesmo em Vila Nova de Gaia se o candidato do PSD for o... o... (caramba, nem tenho adjectivos)... Marco António Costa. Evitem-me um comportamento que detesto: votar em branco.
Muito obrigado.
Ciao, Fátima Felgueiras e Avelino Ferreira Torres.
Ciao, Elisa Ferreira e Ana Gomes. Apreciam o Manneken Pis.
Não suporto o Macário Correia (é uma coisa epidérmica) mas o homem fez um bom trabalho em Tavira e merece os parabéns.
Luís Filipe Menezes, em êxtase, não se coíbe de enviar mensagens para o interior do PSD com base num resultado que não foi obtido apenas com votos de simpatizantes do PSD.
Passos Coelho já chateia e ainda nem sequer é líder do PSD.
Quantos discursos de vitória é que vamos ter esta noite a partir da sede do BE? Não estamos habituados a que sejam menos de três.
Fátima Felgueiras perdeu.Isaltino Morais e Valentim Loureiro ganharam.
Durante estas duas semanas de campanha autárquica não escrevi uma só vez sobre o assunto. Tenho dificuldades com a política local. Cromos como Avelino Ferreira Torres, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Mesquita Machado, Narciso Miranda, Nuno Cardoso e Valentim Loureiro deviam poder trocar-se mesmo sem estarem repetidos. E – claro – estes são apenas os mais mediáticos. Há por aí paletes de gente igual e até pior. Gente tacanha, interesseira e pouco inteligente (mas esperta). Uma combinação tão explosiva quanto a mistura de glicerina, ácido nítrico e ácido sulfúrico (dá exactamente aquilo em que estão a pensar mas, por favor, não se ponham com experiências). É verdade que a campanha para as legislativas não foi brilhante. Mas, ainda assim, há diferenças. Se me permitem uma analogia (sou tão bom em analogias que elas são frequentemente recebidas com expressões de incredulidade, o elogio máximo para uma analogia): a luta entre os principais candidatos ao Parlamento é como uma disputa entre gestores workaholics por um lugar na administração (com os indispensáveis golpes baixos de elevado nível que permitem a pessoas como eu arriscar comentários que, por vezes, até parecem inteligentes), enquanto a luta pelas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia tem frequentemente o nível do confronto entre arrumadores disputando um pedaço de rua. E que me desculpem os arrumadores.
Considero o parque da cidade do Porto um pequeno milagre. Escrevi-o aqui. Quando saiu da Câmara, Nuno Cardoso legou a Rui Rio uma situação armadilhada. Por um lado, Rio encontrou direitos de construção numa das frentes do parque cedidos a privados. (A cedência foi assinada por Cardoso nos últimos dias do mandato, o que levanta a eterna questão "onde é que já vimos este filme?") Por outro, Rio prometera durante a campanha não deixar construir no parque. Cumpriu a promessa e, em troca, obteve uma longuíssima batalha jurídica, com custos ainda não totalmente contabilizados. Hoje, Elisa Ferreira atacou-o pela opção feita. Na minha opinião, é um erro e um acto de descaramento. Os portuenses sabem que quem criou a situação foi o PS de Elisa (e deixemo-nos dos eufemismos da "independência" da candidatura; uma senhora que se fez eleger para o Parlamento Europeu e é candidata à presidência da segunda mais importante Câmara do país, sempre pelo mesmo partido e com tanta gente possuidora de cartão de mão estendida, é do menos independente que pode haver). Sabem também que Rio pode ter um estilo rebarbativo que nem sempre o leva aos melhores resultados da forma mais rápida possível mas é honesto e está a procurar cumprir a palavra. Mais importante, visitam o parque da cidade e percebem que defendê-lo é um dever colectivo. Mesmo que algumas críticas de Elisa possam ser, pelo menos em parte, verdadeiras, tudo empalidece perante estes factos. E afinal, que solução preconiza Elisa? Permitir a construção? Que o afirme claramente. Deve assegurar pelo menos os votos dos promotores imobiliários e dos construtores civis.
Helena Roseta cedeu. O movimento "Cidadãos por Lisboa", que lidera, concorre às eleições para a Câmara de Lisboa integrado nas listas do PS. Esta coisa dos movimentos de cidadãos tem alguma lógica. Mas não quando as suas convicções são tão firmes (ou tão distintas) que rapidamente aceitam a integração num dos principais partidos em troca do proverbial prato de lentilhas. A ideia que ficou é que nas últimas horas Roseta e Costa andaram a discutir assuntos tão fundamentais como o lugar em que ela concorreria (segundo), se substituiria ou não Costa em caso de impedimento deste (a resposta é não), quantos elementos do movimento estariam em lugares elegíveis (dois, num total de quatro que integrarão as listas). Políticas para a cidade? Não ouvi nada. Aliás, não sei mesmo quais as diferenças fundamentais entre Costa e Roseta, pelo que esta coligação é capaz de fazer sentido. O movimento "Cidadãos por Lisboa" é que talvez não. Ah, esperem, vão concorrer autonomamente a algumas freguesias porque, segundo Roseta, é aí, no nível mais próximo dos cidadãos, que o movimento mais tem razão de ser. Suponho que ela ainda não leu a opinião da Maria Filomena Mónica sobre as Juntas de Freguesia (just for the record, eu também não sei quem é o presidente da minha). Assim como assim, Costa está de parabéns. Depois do "Zé", a Helena. Paulatinamente, está a aglutinar à sua volta todos os valorosos espíritos "independentes" que a cidade de Lisboa tem para oferecer. Com jeitinho, ainda vai buscar a Maria José Nogueira Pinto só para entalar o Santana e o Portas...
À partida, a escolha de Elisa Ferreira para candidata à Câmara Municipal do Porto nem era má. Portuense, com imagem de seriedade, de independência de espírito (que os portuenses apreciam), e de alguma competência executória (vá-se lá saber porquê, e com excepção do actual que ninguém conhece, os Ministros do Ambiente tendem a ficar com boa imagem), Elisa também não é vista como demasiado intelectual, o que, para os prosaicos portuenses, só podia ser positivo.
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