como sobreviver submerso.

Sábado, 24 de Setembro de 2016
Dos malefícios da arte (ou: O inferno deve suportar-se sem paliativos)

Lenine, o protótipo do ditador do século XX, tinha autores e compositores favoritos mas era um materialista demasiado rigoroso para se preocupar muito com a arte. Tinha pouca paciência para a avant-garde e uma vez irritou-se quando futuristas pintaram as árvores dos jardins Aleksandrovsky com as cores do Primeiro de Maio. Considerava a música um placebo burguês que escondia os sofrimentos da humanidade. Em conversa com Maxim Gorky, elogiou o poder de Beethoven, mas acrescentou: «Não posso ouvir música com muita frequência. Afecta os nervos, faz sentir vontade de dizer coisas estupidamente simpáticas e de afagar a cabeça das pessoas que conseguiram criar tamanha beleza, mesmo vivendo neste inferno.»

Alex Ross, The Rest is Noise: Listening to the Twentieth Century.

Edição Picador. Tradução minha.

 

(E agora dêem-me licença; vou assistir aos concertos das Noites Ritual, nos jardins do Palácio de Cristal.)


publicado por José António Abreu às 21:11
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Segunda-feira, 4 de Março de 2013
Vida e arte

Procurar resposta à velha questão de saber se a arte reflecte a vida ou a vida imita a arte é pouco menos que inútil. No fundo, talvez seja apenas necessário aceitar dois pontos de contacto entre vida e arte:

- Ambas têm o significado que se quiser atribuir-lhes.

- Em ambas é frequentemente preferível não o procurar.



publicado por José António Abreu às 21:58
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Sexta-feira, 26 de Agosto de 2011
«Espaço Arte» e pénis nas fachadas
Fartei-me de rir ao ler sobre o cancelamento de uma exposição de artes plásticas prevista para o «Espaço Arte» (lindo) de uma seguradora, alegadamente (que é como quem diz, de acordo com os cancelados) por motivos homofóbicos. E fartei-me de rir porque o caso mostra como a parvoíce e o ridículo estão democraticamente disseminados pela nossa sociedade (ou querem espaço mais amplo do que o que vai de um «artista de vanguarda» a um manga-de-alpaca cujo negócio são «condições particulares» de apólices de seguro, passando por jornalistas em busca de polémicas e opinadores politicamente correctos?).

 

O «Espaço Arte» (lindo, lindo) em questão é privado. Está aberto enquanto o proprietário entender e apresenta o que o proprietário entender. Vir falar de censura é ridículo. É tão censura como eu mudar de canal sempre que a Júlia Pinheiro surge no ecrã e abre a boca, preparando-se para falar. Ninguém é obrigado a gostar de desenhos de pénis. Mas na sociedade em que vivemos as empresas têm de ter cuidado e, se decidem fingir que apoiam as artes (já agora, não será discriminação escolherem uma arte em detrimento de outras?), deviam ter o bom senso de definir critérios à partida (tipo não queremos cartazes na parede exterior do edifício com desenhos de pénis; e, já agora, nem no interior) e estar preparadas para negociar quando as coisas descambam (tipo nós não queremos cancelar a exposição e não vamos cancelar a exposição que, aliás, adoramos, mas vamos ter de chegar a um compromisso e pelo menos mudar o cartaz, ok?*). Claro que para isto seria necessário que as empresas portuguesas tivessem pessoas competentes nos lugares onde habitualmente estão yes boys e yes girls (nota quiçá a despropósito: por que é que eu nunca me deparo com yes girls?) entusiastas de «conceitos» e «estratégias» e «posicionamentos» (não confundir com «posições») e «modernidade» e «vanguarda» e «visão» mas, na realidade, não valendo um dos poucos pêlos púbicos que a tendência desenfreada para a depilação ainda permite que sobrevivam.

 

Ou então as empresas devem perceber que não vale a pena. Que os riscos são hoje demasiado elevados. Que, assim como assim, ninguém liga peva ao mecenato cultural a menos que inclua um piquenique com concerto do Tony Carreira, mas que um só escândalo pode ter efeitos bastante negativos para a imagem da empresa. E que o que há mais por aí são «artistas» preparados para transformar em escândalo o mais pequeno desaguisado, em especial, claro, se fizerem parte de uma «minoria». Afinal, o escândalo é excelente para o negócio. Para o negócio deles, bem entendido.

 

 


* E mudado o cartaz tudo ficaria bem porque, convenhamos, quantas pessoas é que entram no «Espaço Arte» em questão para ver o que quer que seja?


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publicado por José António Abreu às 18:18
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Domingo, 22 de Maio de 2011
Pós-modernismo

Homem fotografa o próprio blusão no interior do Centro Nacional de Fotografia (ex-Cadeia da Relação), Porto. Foto tirada em Fevereiro.



publicado por José António Abreu às 20:28
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Terça-feira, 16 de Março de 2010
Riqueza e arte
Para Aristóteles contemplando o busto de Homero, a contínua preocupação do Mundo em fazer dinheiro continuava a ser um enigma que nem sequer tinha consciência de ser incapaz de decifrar.
[…]
Homero pediu esmola e Rembrandt foi à falência. Aristóteles, que tinha dinheiro para livros, para a escola e para o seu museu, não poderia ter comprado este quadro para si próprio.
Rembrandt não podia permitir-se um Rembrandt. 
Joseph Heller, Imaginem que.
Edição Difusão Cultural, 1991, tradução de Cristina Rodriguez.
 
Pode um artista ser rico? Se for rico, pode ser bom? Se for pobre e bom, e enriquecer, pode manter-se bom? Provavelmente, apenas se continuar insatisfeito. A arte nasce da falta e do desejo de a suprir. Para bem da arte, o dinheiro não pode trazer a felicidade. Que traga, quanto muito, diferentes cambiantes da infelicidade. Porque a arte acolhe bem a evolução.


publicado por José António Abreu às 00:12
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Segunda-feira, 24 de Agosto de 2009
Humphrey Bogart era do Sporting

Tenho evitado abordar o tema do futebol neste blogue. É possível que isso já sugira que sou sportinguista. Os adeptos do Sporting são muito diferentes dos adeptos do Benfica e do Porto, e não apenas por entre eles se encontrar um número extremamente elevado de banqueiros, como o Gato Fedorento notou há tempos. (Atendendo à reputação actual de tal gente, os restantes sportinguistas prefeririam car-jackers ou mesmo políticos de carreira, mas é só mais um entre tantos pontos a encarar com resignação.) O que torna um sportinguista num verdadeiro sportinguista é a atitude entre a confiança impetuosa e a dúvida persistente, entre a vontade de voar e a quase-certeza de que, se der o famoso passo em frente à beira do precipício, cairá a pique. É, se quiserem e para facilitar, uma abordagem intelectual e artística da vida e do jogo de futebol. Ouço já vozes em protesto avançando nomes de intelectuais confessadamente adeptos do Benfica ou do Porto, mas peço que não invadam por enquanto a caixa de comentários com bombas, petardos e very-lights; creio que, mesmo não sendo sportinguistas, irão conseguir perceber a diferença. (E admito também que uns quantos sportinguistas não o conseguirão; há sempre gente enganada na porta.)

 
Os sportinguistas encaram a vida com a delicadeza da derrota quase assegurada e a certeza de que os bons momentos são para saborear com um misto de alegria e incredulidade. Com a convicção de que tal só se consegue se esses momentos não se banalizarem. Se não ocorrerem com demasiada frequência. Vencesse o Sporting tantas vezes quanto o Porto o faz e qualquer verdadeiro sportinguista ficaria horrorizado ou, no mínimo, incomodado. Pensaria: o que se passa? Que sensação básica é esta que perde o sentido tão rapidamente? Porque uma coisa é assistir em êxtase à conquista improvável de um campeonato, outra banalizar esse instante ano após ano. O sabor forte da vitória só pode ser plenamente apreciado em contraponto ao paladar agridoce da derrota. E este é um pitéu que apenas os sportinguistas apreciam devidamente. (Nas últimas décadas os benfiquistas têm-no provado com frequência mas invariavelmente, e por muito intelectuais que pareçam – lá está –, cospem de imediato, por entre trejeitos de desagrado.) Estar quase vinte anos sem ganhar o campeonato, ficar em segundo quatro vezes seguidas, aprender a gostar de um estádio com azulejos e pintado de verde e amarelo, ver o jogador que acaba de marcar o golo do empate num jogo europeu ser expulso por um acto tão deliciosamente inesperado como o da mais burlesca personagem de Beckett, perder uma final da taça UEFA disputada no próprio estádio – ah, nem os últimos segundos de La Traviata, aqueles em que Violetta se levanta por instantes para dizer que se sente melhor, antes de tombar morta.
 
Deixem-se as celebrações aos portistas e as ilusões aos benfiquistas. Ou, se preferirem, os blockbusters de Hollywood aos portistas e as promessas governamentais aos benfiquistas. Os sportinguistas têm outras coisas. Têm a estranheza do Buster Keaton, o sacrifício da Tosca, as fotos do Steve McCurry, as páginas do Francisco José Viegas (sim, são sportinguistas), o sorriso da Mona Lisa, a angústia da Sagração da Primavera, os poemas do Pedro Mexia (sim, são sportinguistas), a eternidade do Butch Cassidy e do Sundance Kid, a glória amarga da carga da brigada ligeira, o desespero de Love Will Tear Us Apart, a melancolia do último dos moicanos, as reflexões do pensador de Rodin. Têm o final do Casablanca.
 
Têm a arte.
 
 (Se bem que, ok, por vezes um pouco mais de engenho não fizesse mal.)


publicado por José António Abreu às 13:10
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Sexta-feira, 7 de Agosto de 2009
A arte em polígonos
Em fila indiana, um grupo de cavaleiros entra num castelo. Num dos cavalos seguem duas pessoas: o adulto que o conduz e uma criança com um capacete de onde sai um par de cornos. Nenhum dos adultos tem cornos. O grupo desce até uma enorme sala, que tem a toda a volta duas filas sobrepostas do que parecem ser sarcófagos em pedra. O rapaz – Ico – é metido num dos sarcófagos da fila superior. O sarcófago é fechado. Os cavaleiros saem. Ico tenta abrir o caixão mas rapidamente percebe que nunca o conseguirá. Decorre algum tempo (é difícil dizer quanto) até que, na sequência de um tremor de terra, o contentor onde Ico se encontra tomba no pavimento e se quebra. O miúdo sai. Inicia a exploração do castelo. Rapidamente descobre uma rapariga encarcerada numa gaiola. Liberta-a. Ela – mais ou menos da idade dele mas um pouco mais alta, magra, frágil, de pele extraordinariamente clara – não fala a mesma língua. Conseguem apenas trocar os nomes: ela chama-se Yorda. Seguem juntos mas não antes de Yorda lhe tentar explicar qualquer coisa. Se Ico não percebe o que ela lhe diz, depressa percebe que ela é especial: tem um qualquer poder mágico que lhe permite abrir certas portas e é perseguida por entes sombrios, que surgem do pavimento e tentam levá-la com eles. Ico luta com as criaturas com as armas que tem à mão: primeiro apenas um pau, mais tarde uma espada. As lutas são básicas e pouco coordenadas. Realistas, de certa forma. Na tentativa de sair do castelo, Ico e Yorda têm que resolver enigmas. Muitas portas estão fechadas, muitas pontes destruídas, muitos locais parecem inacessíveis. Ico escala postes, balança na ponta de cordas e amarinha por paredes, na tentativa de abrir portões, descer pontes, accionar mecanismos. Com frequência, Yorda não consegue acompanhá-lo. Aguarda que ele desbloqueie a passagem. Mas Ico tem que ser rápido porque as sombras aproveitam os momentos em que Yorda está sozinha para a atacar. Em certas passagens, Ico e Yorda têm que saltar. Ico, apesar de mais baixo, consegue saltar mais longe. Por isso, salta primeiro e fica pronto para ajudar Yorda. Às vezes, quando o espaço parece demasiado longo, ela hesita. Em algumas dessas ocasiões acaba mesmo por falhar o salto, apenas sobrevivendo porque Ico lhe agarra a mão no último instante. Em muitos momentos, aliás, Ico e Yorda seguem de mãos dadas. Basta a Ico estender-lhe a mão e ela agarra-a imediatamente. Tudo isto acontece num mundo visualmente estonteante, com a luz do sol perfurando vitrais e ramagens de árvores e as pequenas áreas de jardim fazendo contraponto aos blocos de pedra das paredes do castelo. Os sons dominantes são os chilreios dos pássaros e o silvar do vento. Após horas de peripécias, Ico e Yorda chegam finalmente à ponte que permite sair do castelo. Nessa altura, algo acontece. Algo que os separa. Ico volta atrás. Percebe, sem que alguém lho explique, por que existem tantos sarcófagos. Percebe que destino lhe estava reservado se o seu não tivesse caído. Encontra a responsável pela perseguição a Yorda. Luta com ela. Vence mas sofre ferimentos: os cornos na sua cabeça partem-se. Reencontra Yorda. Percebe que as coisas não são tão lineares quanto esperava. Percebe a que se devia a melancolia que sempre se parecera desprender dela. Intui muito do que ela lhe fora tentando dizer na sua língua incompreensível. É devolvido ao mundo exterior, onde já não deve ter problemas de enquadramento, agora que também ele é um rapaz “normal”.
 

 

Em 2002, a Sony lançou um jogo para a PS2 chamado Ico. Existem outros casos, da simplicidade de um Pac-man à complexidade de um Fallout 3, passando pela experiência sensorial de um Rez ou pela criação de mundos alternativos perfeitos como num Bioshock. Mas, para mim, Ico foi crucial. Depois de Ico nunca mais duvidei que os jogos de vídeo pudessem ser obras de arte.

 

 

 



publicado por José António Abreu às 17:55
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Segunda-feira, 13 de Julho de 2009
Os gregos e os pénis pequenos

Uma voltinha pelo Museu do Louvre permite rapidamente constatar três coisas: a Vénus de Milo, que tem cara de rapaz, parece cansada e só não afasta as pessoas que se acumulam à sua frente por falta de braços; a instalação/performance na sala da Mona Lisa, em que uma multidão tira fotos ao (e em frente ao) enigmático (e cansado e resignado) sorriso, fazendo questão de ignorar ostensivamente todos os restantes quadros na sala (um apontamento de arte contemporânea pelo qual Serralves trocaria de bom grado todas as obras envolvendo garrafas ou pedaços de madeira que já teve em exibição), funciona bem; as estátuas clássicas gregas têm pénis pequenos. Os dois primeiros pontos são específicos do Louvre, o terceiro não, e, por incrível que possa parecer, muita gente já reparou nele. Procurei explicações na net. Como seria de esperar, encontrei para todos os gostos. Há quem diga que era para não chocar o espectador; há quem assegure que era para os homens não se sentirem como hoje em dia alguns se sentem ao verem as monumentais obras de arte exibidas em certos canais codificados de televisão; há quem avente a possibilidade dos modelos estarem com frio enquanto posavam, uma vez que não existiam sistemas eficazes de aquecimento; há quem sugira que, sendo os gregos à época um bocado gays, pénis pequenos eram menos assustadores para neófitos (parece-me bem que é não conhecer os gays...). A explicação que me pareceu mais fundamentada defende que os gregos tinham um ideal de beleza masculina em que pénis demasiado grandes (tal como pénis circuncidados) não se enquadravam. Gostavam de corpos atléticos, com torsos e pernas musculados, não perturbados por excrescências volumosas. Não tinham qualquer problema em relação à nudez e o facto de aceitarem ser reproduzidos com pequenas partes pendentes pode até ser visto como um sinal de maturidade intelectual: no fim de contas, a Grécia ou, mais precisamente, a Atenas Clássica é a primeira sociedade onde a cultura não só é apreciada como estimulada. Tanto que, depois de espreitar os tais canais codificados ou de ver algumas páginas de publicidade a boxers, sou forçado a pensar que regredimos. A tendência actual, na representação ou sugestão do órgão sexual masculino como noutras áreas, é para privilegiar o tamanho, ainda que em detrimento da qualidade: já me queixei antes da popularidade das gigantescas mamas de silicone mas também estão na moda estaturas elevadas, olhos gigantes e lábios grossos. Mas há mais: as mulheres preferem homens com mãos grandes e, desde a eleição de Obama, até orelhas-de-abano parecem estar in (circulam rumores de que José Rodrigues dos Santos não tem já qualquer dúvida de que é um símbolo sexual). Mesmo os automóveis (a tradicional extensão do pénis) têm vindo a ficar maiores: comparem um Clio da primeira geração com um actual ou, mais flagrante ainda, um Mini clássico com um dos que a BMW agora produz. Regredimos também noutra área: enquanto a nudez era vista de modo natural na Grécia de há dois mil e quinhentos anos, é encarada com reservas por muita gente hoje em dia, um pouco por todo o mundo. Independentemente do tamanho dos pénis.

 
Claro que os gregos também inventaram o mito de Príapo e as estátuas deste deus sempre-em-pé (filho de Dionísio e de Afrodite) eram comuns na Grécia clássica. Pode ter sido para disfarçar  – como aqueles sujeitos que ameaçam descer as calças e berram “queres que to mostre?” quando sentem a sua virilidade posta em causa – mas provavelmente não foi. Príapo era visto como um rústico, a sua sexualidade encarada como demasiado agressiva, e aparece mencionado essencialmente em obras de arte satírica. Definitivamente, pénis grandes eram coisas feias. Rocco Siffredi e John Holmes nunca fariam carreira nas artes gregas dessa época.
 

Desconheço o que pensam os gregos actuais da representação do pénis nas suas estátuas. Não sei se sentem algum embaraço e se têm constantemente que provar que os seus antepassados exageravam. Seja como for, de nós, portugueses, os gregos não devem temer bocas foleiras. Depois da selecção grega nos ter derrotado duas vezes no europeu de futebol de 2004, a última das quais na final, nós sabemos que eles podem não ter pénis grandes mas: a) têm certamente tomates; e b) a expressão "o tamanho não interessa" deve estar certa porque nos doeu a valer.

 

(Fotos tiradas no Louvre e no Jardim das Tulherias em Maio de 2009.)



publicado por José António Abreu às 13:18
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Segunda-feira, 25 de Maio de 2009
O calor da pedra.

 

    

 

    

 

Museu Rodin, Paris.



publicado por José António Abreu às 12:37
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