Para evitar que ele fosse denegrindo, de modo involuntário mas absolutamente implacável, a fraca imagem que já tenho dele, nos últimos meses procurei não ouvir declarações de António José Seguro. No entanto, hoje esta decisão causou-me um problema: ouvi-o apresentar um conjunto de propostas no Parlamento e nem sei se são originais ou já andam por aí em discussão desde a segunda, ou mesmo a primeira, tentativa de demissão de Vítor Gaspar. Seja como for, gostei particularmente desta: que a parte nacional do financiamento de projectos com apoio comunitário não conte para o défice público. Bati na testa com tanta força que fiquei a conseguir olhar para trás rodando a cabeça para cima. Convenhamos que é uma ideia brilhante (tão brilhante que, admitiu-o ele, não é dele mas de outro génio qualquer, em Itália). Só tenho dificuldade em entender por que havemos de ficar por aí. Que tal o pagamento dos juros dos empréstimos da Troika também não contar para o défice público? E porquê ficar pelos da Troika? E, numa época de tanto desemprego, que tal o subsídio de desemprego também não contar para o défice? Bastam estas medidas para atingirmos um excedente orçamental. Sendo que, evidentemente, pode ir-se ainda bastante mais longe: afinal, por que tem qualquer despesa do Estado de contar para o défice público?
Aviso: Posso demorar algum tempo a aprovar comentários porque vou ali ao banco pedir que os montantes que gasto em alimentação (para já; mais tarde avançarei para o vestuário) não me sejam debitados na conta.
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