A PJ levou para interrogatório os dois elementos do 31 da Armada que foram devolver a bandeira da autarquia. Na sequência de um caso desta gravidade (passeio por cidade com escadote, subida a varanda pública, troca de bandeira alfacinha por bandeira de Vila Viçosa*, imitação não autorizada de Darth Vader, admissão de acto ilícito**, alteração das condições de limpeza da bandeira retirada antes da sua devolução) espera-se que ambos permaneçam em prisão preventiva, partilhando a cela deixada vaga por Oliveira e Costa. Já agora, que a PJ aproveite para lhes dar um daqueles banhos de agulheta que se vêem nos filmes. Eles até parecem rapazes limpinhos mas há oportunidades a não perder.
* É favor tomar isto em sentido figurado (de qualquer forma, têm ambas azul).
** Especialmente grave por poder abrir precedente.
A gente sabe que não concorda politicamente com as pessoas. É um dado assente, já não passível de grande discussão. Não se tem a mesma visão dos problemas e, especialmente, das formas de os resolver. Tudo bem. É democracia. Lêem-se ainda assim as suas opiniões (nos jornais, nos blogues, onde quer que seja) porque deve ter-se consciência de que o mundo não se cinge à nossa lógica e porque, de vez em quando, surgem questões em que nunca pensáramos e que nos fazem reavaliar alguns pontos que dávamos por garantidos. Convém saber que as nossas soluções não são perfeitas (nenhuma o é). Por si só, a discordância não implica menos respeito. Mas quando o que se lê revela apenas facciosismo e cegueira, o respeito esvai-se. Confesso que pensara ser possível alguém fazer a comparação. Pegar num acto assumido e sem danos pessoais ou patrimoniais e equipará-lo a uma acção destruidora e violenta. Mas ainda tive esperança de que, a acontecer, tal comparação não subisse da fossa em que tão frequentemente se transformam as caixas de comentários dos blogues. Enganei-me duplamente. O post é nauseabundo, a caixa de comentários bastante arejada.
O31 da Armadaresolveuhastear a bandeira monárquica na Câmara Municipal de Lisboa. Não vou comentar o acto (e daí até vou: pelo menos não destruíram nenhuma plantação) nem a finalidade do acto (ok, só uma observação, curtinha: é indubitável que D. Duarte teria sobre Cavaco a vantagem de possuir uma voz forte e bela) mas isto demonstra claramente a cada vez maior capacidade interventiva da blogosfera no mundo a (pelo menos) três dimensões. Claro que constatá-lo gera um problema para quem, como eu, começou um blogue na esperança de que tudo pudesse ser feito sem colocar o nariz fora da porta de casa.
Antes de publicar este post (e garanto que só o faço porque desejo sinceramente ter a fotografia abaixo no blogue), gostaria de deixar uma pergunta aos monárquicos: se reimplantássemos a Monarquia, podíamos ter uma princesa assim?
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