16 comentários:
De Margarida a 8 de Outubro de 2009 às 14:25
..e o Magris? Image 


De José António Abreu a 8 de Outubro de 2009 às 20:33
Nunca li nada do Claudio Magris, Margarida. Mas, do que sei dele, não me custa a creditar que o merecesse mais do que alguns que já o ganharam (incluindo outro italiano, Dario Fo, que Eduardo Pitta classificou como "terceira linha").


De maria videira a 8 de Outubro de 2009 às 19:03
Olá!
Então um pouco desiludido?
Isto dos prémios, sejam eles quais forem, fazem-me sempre lembrar o "Festival da canção" :)
Há os favoritos, os nomeados, os que merecem, os que ninguém se lembra que existem, etc , etc etc ...
O vencedor?
Será escolhido de acordo com os interesses do momento.
Mas, nem tudo é negativo! Serve para conhecermos, ou lembrarmo-nos de um novo NOME.
Parabéns à vencedora.


De José António Abreu a 8 de Outubro de 2009 às 21:01
Desiludido apenas na medida em que é injusto para os maiores escritores das últimas décadas não o ganharem. Se quiser, a publicidade em torno do Nobel devia deixar de pretender que se premeiam os "melhores" de cada época. Não li nada de Müller e acredito que seja uma boa autora mas, para mim, a questão não é bem essa. Usemos outro nome: Elfriede Jelinek, de quem eu já tinha lido "A Pianista" antes de ela ganhar o Nobel (e até gostei do livro), é uma autora "interessante" de quem ninguém se lembrará daqui a vinte anos (já poucos se lembram hoje e ela ganhou-o há cinco ou seis anos) enquanto escritores fundamentais são ignorados. É verdade que nada disto é novo - Mark Twain, Lev Tolstoi, James Joyce, Vladimir Nabokov, Jorge Luis Borges e muitos outros autores fantásticos nunca ganharam o Nobel e, na verdade, não precisaram dele para permanecerem na nossa memória - mas não deixa de ser injusto.


De maria videira a 9 de Outubro de 2009 às 01:17
Olá LAA,
Ainda bem que não ficou desiludido, no fundo já se estava a adivinhar que o prémio não seria dela.
Concordo consigo há muita injustiça!


De A Formula Dinheiro Money Dinero Argent a 8 de Outubro de 2009 às 20:52
Um dos objectivos do premio (principalmente para quem o atribui) é precisamente destacar determinado evento em termos politicos e/ou sociais.


De José António Abreu a 8 de Outubro de 2009 às 21:11
E não acha que isso é injusto?' De certa forma, escritores fenomenais nascidos em países em paz ou que se dediquem a análises mais "íntimas"  estarão sempre em desvantagem em relação a escritores bons que abordem questões políticas e sociais mais óbvias. Sendo que, na verdade, nem basta isso: Kundera ou Vargas Llosa têm uma extensa obra em que abordam com frequência esse tipo de questões e, ainda assim, não são premiados porque ideologicamente não encaixam nos critérios do comité.

E, para destacar questões políticas, já existe o Nobel da Paz. Imagine se os da Física, da Química e da Medicina também fossem atribuídos por motivos essencialmente políticos e não científicos...


De A Formula & Ganhar Dinheiro & Make Money a 8 de Outubro de 2009 às 21:34
Justo não é não senhor, mas hoje em dia tudo o que envolver dinheiro, muito dinheiro, tem sempre caracter politico.


De José António Abreu a 8 de Outubro de 2009 às 21:48
Lá isso é verdade. Embora, neste caso, não veja o dinheiro como critério essencial (não foi certamente por questões de dinheiro que Herta Müller venceu). Mais a notoriedade do prémio e a vontade de Comité Nobel de tomar posições políticas.


De A Formula & Ganhar Dinheiro & Make Money a 8 de Outubro de 2009 às 22:09
O que eu quero dizer é que quem paga acha-se no direito de usar o poder do dinheiro para tirar beneficios proprios utilizando a vontade de quem o procura ganhar.


De Heineken a 10 de Outubro de 2009 às 19:59
Parabéns pelo texto e pelo blog. Para quem gosta de literatura é um prato cheio. As orientações dos "eleitores" do Nobel de Literatura também me deixaram curioso a respeito da seriedade ou importância do prêmio. Tanto que inseri uma questão no site Yahoo Respostas a respeito do tema. A resposta mais convincente é a sua mas assinada por um usuário com perfil muito diferente. Gostaria que pudesse me informar se tal usuário apenas copiou suas palavras ou se o uso é correto. Apreciaria sua paciência em verificar e informar.


http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylt=AmpDCDLphhavLbxr7kmP7KXI6gt.;_ylv=3?qid=20091008123516AAeGxS2 (http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylt=AmpDCDLphhavLbxr7kmP7KXI6gt.;_ylv=3?qid=20091008123516AAeGxS2)


Em tempo, Milan Kundera é um dos meus escritores favoritos, para mim um dos mais importantes da segunda metade do século XX.


Agradeço a atenção,


Heineken.




De José António Abreu a 10 de Outubro de 2009 às 21:53
Heineken: agradecido pelo elogio e pela chamada de atenção. Eu não respondi à sua pergunta. A Juliana tem algumas coisas a aprender se deseja ser "uma pessoa boa" como escreve no perfil. Acho também curioso que o Jonny use a fórmula que dá título a este post mas, de resto, o texto é dele.


De Jonny a 11 de Outubro de 2009 às 01:41
Olá Jaa, em relação à tua crítica de eu usar aquela fórmula do Nobel que tu usas, acho isso uma piada, pois se bem me lembro essa expressão já é usada em Portugal à bastante tempo, acho que tu usaste essa expressão como eu a usei, por isso, não vejo o porquê da tua crítica... eu usei-a como exemplo para justificar o meu discurso, jamais me passou pela cabeça que tu tinhas um blog... não conheço, mas seria bom, antes de criticares, teres a noção do que dizes, pois acho que não foste completamente correcto com a minha pessoa...
De qualquer forma, fica a tua excelente opinião relativa  a esta matéria do Nobel... que é nestas coisas é o mais importante...
Abraços
Jonny




De José António Abreu a 11 de Outubro de 2009 às 11:16
Se bem te lembras, é? Então está tudo certo...

Já agora, introduzindo a fórmula no Google - como fizeste - não surgem assim tantos resultados (é até curioso porque surge apenas "O Escafandro"). Mas deixa lá. Devia estar no meu subconsciente e eu nem sabia.

Um abraço.


De Jonny a 11 de Outubro de 2009 às 16:42
Olá Jaa, agora mais a frio, e dissecando esta questão do Nobel da Literatura, que para mim foi dolorido... de qualquer forma, gostaria de saber a tua opinião sobre o nosso bem conhecido António Lobo Antunes... que te parece a forma de escrever dele, será que ele não está ao mesmo nível desses nomes que falaste?
A mim me parece que ele tem um talento fora do comum, mesmo que sua escrita seja de difícil digestão... não quero com isto dizer que ele é o melhor, mas quando vejo outros escritores com menor qualidade ganhar este prémio... sinto uma certa tristeza...
Em relação à celebre fórmula, acredito que possa ter sido uma coincidência, ela não é minha, eu a ouvi há uns anos a trás numa dada conferência na Universidade de Coimbra, mas não me perguntes por quem, não me lembro, sei que me saiu naquele instante, e mais tarde procurei na net se ela fazia sentido... e quando a digitei no google apareceram dois registos com ela, mas nem sequer os abri... provavelmente deveriam ser os do teu blog...
Blog que vim a descobrir pelo Heineken, quando ele verificou que uma moça copiou integralmente o teu texto... Mesmo assim, acho que não devemos julgar a moça por um erro ocasional... ela tem apenas 16 anos, e tenho a certeza que ela vai aprender a lição...
Agora nos nossos dias, pessoas que copiam há aos montes, por exemplo, nas Faculdades, muitos dos trabalhos escritos vem de onde? da Internet, de sites brasileiros... que por acaso ainda vem com aquela ortografia brasileira... o que mais me espanta, é que muitos dos professores aceitam esses trabalhos, como lhe dão uma nota boa... Cá para mim, esse trabalho nem foi visto, apenas lhe foi atribuído uma nota... mas isto já sou eu a tentar desmistificar este imbróglio...
Abraços e boa sorte para o seu blog...
Jonny


De José António Abreu a 11 de Outubro de 2009 às 20:04
Jonny: Lobo Antunes é um grande escritor mas tem um estilo que não combina comigo e acho que a obra dele se vem tornando um pouco indistinta (os livros dele - opinião pessoal, claro - começam a ser uma amálgama em que é difícil distinguir uns dos outros). Quanto a não tê-lo referido, isso deveu-se ao facto de ele não andar entre os favoritos (todos os que mencionei, excepto o McCarthy  - que venero -, têm sido vistos como fortíssimas hipóteses), a considerar pouco provável que o Comité Nobel premeie outro português tão pouco tempo após dar o Nobel a Saramago (acho mais provável que o atribua a um brasileiro como o Ubaldo Ribeiro) e, honestamente, a achar que qualquer um dos que referi o merece mais (este ponto é de novo uma opinião estritamente pessoal ). Note-se que, sendo um fã da Joyce Carol Oates, que este ano até estava bem colocada nas casas de apostas, também não a coloquei na lista.


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