como sobreviver submerso.
Sábado, 29 de Agosto de 2009
Neblina eleitoral

Claro que não houve coragem. O programa do PSD tem potencial mas vale mais pelo que pode ser que pelo que é. Pelas declarações de menos Estado ou de um Estado sujeito a níveis de exigência superiores e a mais concorrência que pela explicitação das formas de atingir esses objectivos. Talvez convenha assim. Para não assustar os eleitores, essa raça que todos julgam – quiçá com razão – extremamente espantadiça. Ou para não inviabilizar um possível, e parece que tão desejado por alguns, bloco central. Mas, para quem prefere soluções claras, para quem preferia ter por cá, como sucede em quase todos os países desenvolvidos, dois partidos fortes com filosofias claramente distintas, é uma pequena desilusão.

 
Resta o CDS. Terá Paulo Portas a coragem de assumir um programa com mais uva e menos parra? As repetidas referências ao bloco central podem ser uma oportunidade para o CDS (tal como para os partidos à esquerda do PS). Mas, para conquistar os votantes descontentes com o cinzentismo dos partidos do centro, o CDS teria que correr riscos e mostrar que as suas propostas são diferentes. Há espaço para ser diferente (ou, pelo menos, mais claro que o PSD) em muitas áreas. Na educação, propondo real autonomia das escolas (incluindo capacidade para contratar e avaliar os professores), concorrência entre elas, reforço da autoridades dos professores e do nível de exigência colocado aos alunos. Na saúde, defendendo a concorrência directa do SNS com o sector privado (vi, nos noticiários da hora de almoço, Sócrates atacar a ideia como se a concorrência fosse negativa e não uma forma de forçar o sistema público a agilizar-se). No sistema fiscal (simplificação, simplificação, simplificação), na economia (fim das golden shares, privatização dos portos, dos aeroportos, da TAP, da RTP1), na justiça, na administração pública, etc, etc.
 
Há espaço. Haverá coragem? E – confesso que, por mais tempo que vá passando neste rectângulo placidamente deprimido, não consigo percebê-lo – traria a clareza bons resultados eleitorais? A primeira questão é respondida amanhã. Temo que a segunda ainda não seja respondida nestas eleições.

 



publicado por José António Abreu às 16:40
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