como sobreviver submerso.
Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2012
A dias

As mulheres sempre acusaram os homens de, após algum tempo de relação, tenderem a tratá-las como empregadas domésticas. Para não variar, estão apenas parcialmente correctas: é verdade que, passada a fase dos arroubos de romantismo, o que os homens desejam mesmo é uma mulher a dias. Mas não para lhes limpar a casa (bom, isso também, se puder ser); uma mulher a dias no sentido de estar presente durante umas horas três ou quatro dias por semana, com horário e serviço nocturnos incluídos, e que depois os deixe em paz. No fundo, o mesmo que imensas mulheres desejam dos homens.



publicado por José António Abreu às 08:38
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6 comentários:
De Nómada a 11 de Janeiro de 2012 às 11:15
Muito Justo! Se nessas horas se incluir "tudo" o que se quer de uma relação é mesmo isso. Não há que haver melindres com a verdade. Um beijinho


De José António Abreu a 11 de Janeiro de 2012 às 20:35
Obrigado, Nómada. Não é romântico mas é verdade, não é? A partir de certa altura há pormenores que deixam de ser atraentes e passam a ser incomodativos e começa a existir vontade de reganhar um espaço próprio, sem que isto signifique necessariamente que se deixou de gostar do(a) companheiro(a). Há é alturas em que se deseja que ele(a) estivesse lá apenas quando se deseja que ele(a) estivesse lá.


De Nómada a 11 de Janeiro de 2012 às 21:33
Sabes que concordo. Pode parecer frio e descabido mas realmente há alturas que precisamos tanto de estar sozinhos ter o nosso "retiro" que o outro está a mais e isso vice-versa acredito que cada pessoa não o revelando para não "ferir" o seu "próximo" ou amor não o diz mas sente e sim quando se deseja que esteja lá porque ao contrário nos parece que está no "caminho"... E precisamos dele mais "livre". Sei lá se calhar sou maluca, mas é o que sinto e não é por isso que não valorizo os momentos ou não gosto que esteja Quase a maior parte do tempo :)


De Olinda a 11 de Janeiro de 2012 às 12:07
foda-se! que cambada de homens e mulheres, em crise, poupados. :-)


De José António Abreu a 11 de Janeiro de 2012 às 20:36
Não, humanos. Uma relação é sempre uma invasão de espaços. Não é assim tão estranho que isso acabe por se sentir.


De Olinda a 11 de Janeiro de 2012 às 20:48
não: desculpas de humanos, já que durante um dia naturalmente isso, dos desertos, acontece aos oásis. que boa definição de amor-gato, a tua. eu sou pelo amor-cão. :-)


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