como sobreviver submerso.
Quinta-feira, 4 de Março de 2010
Errado e mais errado
A greve dos trabalhadores da função pública é errada acima de tudo porque são exigidos efeitos (aumentos salariais) sem que os que a instigam e fazem estejam disponíveis para aceitar mudar as causas que os impossibilitam. Compreende-se: há ideologia, interesses e questões de imagem em jogo, muito mais importantes do que a realidade económica e financeira. A ironia está em quão parecidos com o governo, no estilo e na substância, isso os torna. No fundo, a luta é entre políticas erradas (as do governo) e políticas ainda mais erradas (as dos sindicatos e dos partidos à esquerda do PS), sendo que todos se mostram horrorizados com a ideia de experimentar outras.
De paula a 4 de Março de 2010 às 22:43
outras? já agora... quais?
Paula: Portugal precisa de exportar mais e importar menos, de aumentar os níveis de concorrência em alguns sectores, de que o Estado saia das empresas que ainda controla (e usa para efeitos dúbios), que o Estado emagreça, de modo a não usar tantos recursos, etc, etc. As políticas actuais (e que, de resto, são as dos últimos vinte e cinco anos, só que em 1985 o país precisava mesmo de obras públicas, e de facilitar o acesso ao ensino, e de permitir que os funcionários públicos ganhassem melhor, etc.) não garantem nada disto. Há muitas sugestões alternativas, embora nenhum partido com coragem para as propor abertamente. Nesta caixa de comentários não tenho espaço para as abordar mas vou alinhavar um post sobre o assunto.
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