2 comentários:
De maray a 17 de Janeiro de 2010 às 19:52

existe também a proximidade física. Não tenho nada de corporativa, nem tenho a noção arraigada de pátria que muitos têm, mas o fato do Haiti estar nas Américas, mesmo que numa américa diferente da "minha" américa, causa-me mais espanto do que o terremoto que houve na Itália, por ex. E não estou falando do número de mortos. Mas de alguma noção de "vizinhança!. De qualquer forma, concordo plenamente contigo que aos poucos, à força de notícias cada vez mais repetitivas a gente passe a se "acostumar". Embora eu não me acostume de jeito nenhum com a idéia da "minha" morte. O ser humano é confuso. Ou então eu é que sou. ..


De José António Abreu a 17 de Janeiro de 2010 às 20:47
Somos todos confusos. E, no fundo, todos parecidos. Independentemente do continente em que estejamos.

Escrevi isto quase como uma bofetada a mim próprio (daí ter mencionado que desejava evitar as generalizações). Mas não deixo de achar que a televisão, com o seu lado de encenação e especialmente depois de ter banalizado a "realidade", mostrando-nos gente em estúdiio a pedir perdão, ou a fazer declarações de amor, ou a discutir, perante as palmas de uma plateia, já para não mencionar programas do género daqueles em que se acompanham polícias reais, anestesia os espectadores e os pode fazer encarar as tragédias com reservas ou, pelo menos, algum cansaço.


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